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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Península Ibérica.

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" Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentilmentalmente, somos habitados por uma memória". José Saramago.


Península Ibérica: Gênese do Ocidente

A Península Ibérica nos remete aos primórdios através dos primeiros povos na região que hoje conhecemos como Europa e como esses acontecimentos mudaram a realidade de todo um modo de vida, cultura, religião e quem eram esses personagens com características tão singulares transformariam através de impérios e comandos baseados em lutas campais e às mesmas organizadas com logística utilizadas até hoje. A importância destas cidades milenares e estratégicas foram os principais motivos de discórdias e disputas entre cartagineses, romanos, fenícios e gregos e o resultado desses fatos sociais mudaria todo o sistema político, religioso, e por causa disso, nós somos o resultado dessa realidade tão conturbada a nossa realidade “organizada”. 


Toda formação cultural com suas características espelham as fisionomias do povo europeu e do mundo novo, com seus traços faciais, sua forma de falar e seus costumes ordinários na alimentação, vestuário e festas através do povo negro de regiões que compreendem o norte africano. Até mesmo no Brasil e na Bahia isso se fez presente, prova viva de que somos parte desse processo civilizatório; desde o apogeu romano aos impérios bizantinos, franceses e britânicos, a posição da Península Ibérica sempre foi a “perola”, pois ela refletiria o que de mais moderno existia nos tempos das idades antiga, média e moderna por tudo o que poderia oferecer desde herança cultural as riquezas propriamente ditas, ora por pilhagens e saques como os visigodos, suevos, vândalos até as marchas das legiões romanas organizadas justificando seus atos através da ponta da espada ou da ponta da pena nos seus fóruns e câmaras municipais a ponto de mudarem o nome de cidades como foi o caso de Lisboa. 


O conteúdo narra um período da humanidade, considerado como um dos mais importantes, pois nesse momento estavam sendo desenhado o novo mapa político mundial no sentido das artes, cultura, divisão geográfica, histórica e principalmente o mais importantes do legado humano: o homem com suas características em outros locais antes jamais imaginados por qualquer mente.

A formação das sociedades nas populações ibéricas: a história se inicia com a escrita da Península Ibérica ± 1000 a. C. com os fenícios e cartagineses, Cartágo era uma colônia, a diferença era que os cartagineses eram africanos e os fenícios eram semitas, quando Cartagena e Fenícia se aproximaram por causa dos povos do norte da África, os tuaregues eram o povo mais velho da região, situavam-se na fronteira da África com a Península Ibérica, fundando assim a maioria de suas cidade. Os fenícios e cartagineses tomaram essa posição como sendo um caldeirão de povos, ± 250 a. C. com as Guerras Púnicas, os gregos, porém estavam perdendo essa guerra. 

Os tuaregues são um povo de apoio que habitam até hoje o norte do Marrocos, o Saara e o sul da Espanha até a Mauritânia, sendo basicamente os fundadores destas cidades ibéricas junto com os cartagineses, a sua cultura data aproximadamente 3.000 anos e essas cidades funcionavam como protetorados, por isso eram “civilizadas”, ± 700 a. C. as tribos eram brancas e as tribos das cidades eram negras. A Península Ibérica não era branca e foi influenciada pela cor negra, sua formação era na maioria de bárbaros, Lisboa, Sevilla, Cadis, Malága, Cartagena, Setubal foram fundadas com pontes de influências cartaginesas, pois haviam descoberto as minas de cobre na Península Ibérica, os cartagineses criaram uma rede de comunicação de estradas entre o norte e o sul. 

Os gregos começaram a disputar com a Fenícia e Cartagena as colônias na: França: Marsella, Itália: Siracusa, Nápoles e na Espanha: Barcelona e Segundo, todo o norte da região da Catalúnia era formado pela civilização grega. Havia uma divisão da Península Ibérica entre a Fenícia, esta estava aos pés de Cartagena; a primeira vitória romana foi nas cidades da Sardenha e Córsega. A Segunda Guerra Púnica estabeleceria o domínio romano sobre a Espanha, Aníbal Barca e seu fantástico exercito, eram conhecidos como o “inferno de Roma”, uma inesquecível derrota ensinaria aos romanos que a inteligência era uma grande arma contra a força bruta, essa vitória dos cartagineses de humilhar o grande exército romano custaria caro a longo prazo, Barca porém arrasou a Itália, atravessando os Alpes, os italianos então iriam para a Espanha e atacariam Cartagena, cortando as linhas de suprimentos de Aníbal, derrotando assim o seu exército em Cartagena. 

Nas cidades fundadas pelos cartagineses havia o domínio latino indú-europeu e em torno de ± 200 a. C. o sul da Espanha estava dominado pelos romanos. A região de Andaluzia era profundamente africanizada, e o controle dos romanos na Espanha ocorreu do norte ao sul desse reinado, influenciando Marrocos e as cidades tuaregues do norte ao sul do Mediterrâneo, a conquista dos romanos na Península Ibérica demorou aproximadamente 100 anos; o rio Lima separaria a Galícia dos lusitanos. Lisboa havia sido fundada pelos cartagineses em torno de 700 / 800 a C., sendo que os países da península ibérica nunca foram compostos totalmente por brancos, a província hispânica terminava nas regiões do Marrocos, pois não tinha como separar a região do Magreb com os países ibéricos. 

Argel foi fundada pelos cartagineses que fundaram também Lisboa, ou seja, tinha a mesma origem, a romanização foi o “começo” do mundo, pois ela era administrativa, na Bahia ainda encontram-se elementos fenícios, gauleses, ceutas, porém sua influencia foi pequena, por exemplo, a comida. A palavra município é de origem italiana, Inglaterra, Portugal e Espanha tinham suas estruturas romanas, a França foi à única que teve influencia romana e germânica; a principal característica de Roma não era a guerra e sim a paz e por causa dessa premissa o Estado romano durou mais de 1.000 anos, enquanto que os egípcios: ± 2.400 anos, porém sua realidade era diferente e o babilônios: ± 2.500 anos, sua realidade também era diferente do contexto romano. 

Esse império romano era gigante, e quanto maior era mais complicado ficava a cidade romana, sendo que a sua principal característica é composta principalmente por povos indo-europeu, a principal característica deste povo era a formação de um conselho de anciões e se diferenciava da Ágora por conter a Câmara Municipal que era um órgão eletivo com caráter de prefeitura (junto com o direito) e deveria representar a população urbanizada. A cada lugar conquistado, os romanos instalavam a Câmara Municipal com seu sistema eletivo dando a sensação de que estavam criando o elemento romano, transformando os inimigos em amigos. 

O sistema escravista romano só existia para quem não era escravo, criavam assim uma rede de apadrinhamento; o Estado criava uma série de pagamentos em forma de tributos e os efeitos seriam a construção de estradas, pontes, portos, pedágios, tudo isso gerava uma relação de poder. A Península Ibérica foi dividida em três partes: a Baética que era urbanizada pelos cartagineses e era a mais urbanizada da Espanha oriental e africana, a Emérita Augusta era uma cidade totalmente fenícia e a terceira: Cadis considerada a cidade mais antiga e se rendeu aos romanos sem enfrentá-los ou guerreando-os. Cartagena significava uma nova cartada e foi destruída por dois motivos: 1°- foi fiél a Aníbal e 2°- resolveu resistir aos romanos. 

Roma entraria em guerra com Cartago por que os gregos pediriam isso a eles, eles haviam colonizado o norte da Espanha,   Barcelona havia sido a primeira colônia grega. Sevilla, Cadis, Málaga eram colônias fenícias e cartaginesas; Cartago viraria a grande cidade, sendo que a cidade mais francesa seria Marsella. Os romanos faziam o que seria melhor para eles nem que para isso Cartagena tivesse que ser totalmente eliminada, Cadis era estratégico para os gregos por causa de seu exército e suas riquezas, além deles transformarem os inimigos históricos agora em cidadãos romanos e, por conseguinte amigos. Andaluzia é a cidade mais africana que existe na Europa até hoje, Lusitânia é hoje o país de Portugal, essa região se livrou da guerra contra os mouros mais cedo do que as outras regiões. 

O exército mais poderoso que existiu até hoje foi o espanhol, (o estado espanhol matou aproximadamente 18 milhões de índios mexicanos astecas), o Império Romano seria mais sólido e o que menos teve inimigos internos, sendo ele composto por negros, latinos, semitas e em 150 a. C. Cartago já era a capital do norte africano. A solidez do Império Romano só foi abalada pelo seu gigantismo, pois eles escravizavam quem não se tornasse cidadão romano, por esse motivo eles cresciam a cada conquista, destacava-se ainda por ser o maior em extensão até hoje. Os inimigos espanhóis eram os franceses e ingleses, sendo que o império espanhol é herdeiro da guerra santa medieval, a ideia de conde, monarca  e o rex romano é o cônsul de toda uma província, rex era o rei e acima dele existia somente o imperador e a única entidade acima do imperador era o papa que restituiria o papel do imperador, antes disso só havia o rei ditado pela igreja. 


Ela optaria pela não existência de um imperador e o rei seria mais fácil de manipular, mas quando o islamismo encostou na cristandade o imperador retornou; Portugal tinha um rex, a Espanha tinha um imperador, por isso não era autônomo, a Espanha sim. O povo ibérico é 30% africano no sentido de sangue, a grande migração foi à conquista do povo romano, isso branquearia a Espanha, com a conquista romana houve a perseguição a tudo, principalmente o que era fenício, cartaginês ou africano, os romanos acabaram com tudo e colocariam suas colônias italianas para povoar a Espanha com uma colonização indo européia na Península Ibérica ou propriamente na Espanha, a colonização nessa região era considerada uma “bagunça étnica”, no Brasil, na Bahia o nosso paladar é prova disso, o azeite doce; as oliveiras não eram originárias dos italianos e sim da Península Ibérica, e era oriunda do norte africano na região de Marrocos. 

Os fatores da urbanização se faziam presente no contexto romano que criariam um sistema senhorial não baseado em deuses, mas em elementos humanos, pela dependência que se criava e pelo apadrinhamento ao dono da casa grande; as vias romanas se espalharam graças aos romanos em toda Península Ibérica, eles investiram também: bombas d’água, candeeiros, fogões a lenha. A romanização acontecia nas chamadas vilas romanas surgindo como um elemento feudal, a vila romana era composta por romanos que se tornavam “amigos locais” dos antigos inimigos que agora seriam romanos por conveniência, esse tipo de relação fazia surgir então a casa grande. A Península Ibérica criaria varias regiões, cidades, vilas criando todo tipo de romanização. Até a que ponto a romanização apagou o que existia antes? 

Toda a palavra carregava um processo histórico da romanização e começariam com políticas de branqueamento, a palavra OLISIBO é uma palavra de origem africana, os romanos apagaram o seu significado e mudaram para o nome LEX BONA que era uma palavra de origem latina e significava “lei boa” que posteriormente se chamaria LISBOA. Os romanos estavam esquecendo o sentido anterior do propósito, na Idade Média foi reforçada com os portugueses, a idéia da catequese portuguesa ao negro que tinha essa intenção, os portugueses não diziam que eles não tinham salvação, como no caso dos índios que eram usados para se apropriar de suas terras, a cultura nem sempre era agressivo fisicamente, mas era agressiva quando dizia que os outros eram maus, era a cultura deles que deviam prevalecer. 

Em torno do ano 30 a. C. até o ano 400 d. C. ocorreu a maior romanização intensa, as vilas estenderam-se por todo o território da Península Ibérica, as religiões também dominariam o mito de tudo nessas localidades, por exemplo, o apostolo Tiago fundaria três igrejas na Espanha: 1ª igreja em Toledo: catedral primaz da Espanha, 2ª igreja em Bracara Augusta: conhecida hoje como Braga e a 3ª igreja em S. Tiago de Compostela. Paulo de Tarso havia sido considerado o responsável pela romanização do cristianismo, a igreja romana havia se tornado masculina e proprietária com as igrejas romanas interiores. Pedro aceitou essa romanização e as três cidades viriam a se tornar resistência na Península Ibérica contra os árabes e a concepção de mundo conhecida. 

Teodósio
Em 200 a. C as igrejas começaram a reunir seguidores passando pelas vilas que agora todas tinham seus santos e suas igrejas locais, iniciando assim redutos senhoriais, caudilhos e o coronelismo, sendo que cada lugar tinha seu brasão da correspondente corporação. A nossa cultura era extremamente romana, em 411 d. C houve um imperador romano que não deixou herdeiros, por isso os exércitos elegiam o imperador através de suas tropas, nesse caso apareceram dois grupos germânicos invasores: os vândalos e os suevos, eram dois grupos germânicos que não fariam outra coisa a não ser “incomodar”, eles concordariam em apoiar Teodósio em troca da Espanha, ele virou imperador e toda a Espanha sairia do império sessenta anos antes, havia a ocupação dos dois reinos bárbaros e depois surgiriam os visigodos e os alanos. 

Os visigodos invadiriam a Península Ibérica e atravessariam o Estreito de Gibraltar, fazendo a mesma coisa com o norte da África, esse modo de viver mudou a maneira das pessoas agirem e refletiu diretamente no seu modo rude de viver, começando a miscigenação dos povos iberos e celtas originando os mestiços, a história das vilas romanas, haja visto que as famílias importantes protegiam os agregados e eram subordinados a eles, ficando assim nesse circulo de poder, isso era a romanização e não o medievalismo. Depois de conquistar as muralhas romanas, os “bárbaros” eles destruíram-nas e essas mudanças se faziam presente o tempo todo, os anglo-saxões dominariam o mundo por 5 séculos, isso, porém não deixaria herança alguma por que eles eram guerreiros desorganizados, não tinham relação alguma, apenas confiscavam as riquezas dos conquistados através do pilhamento. 

Os germanos detinham o poder militar e se sustentariam baseados nisso, eles só perturbariam a ordem estabelecida (romana) na Espanha. O exército romano era expansionista nas fronteiras e só enfraqueceu por que faltou soldados, eles precisavam cada vez mais de escravos nobres ao mesmo tempo em que precisavam expandir as fronteiras, tinham que conquistar o tempo todo, sua função era manter essas organizações funcionando. Havia o poder local (as vilas começariam crescer) e o próprio vilão (senhor da vila) exerceria cada vez mais influência e posição de prestígio na vida dos outros, surgiria assim o fidalgo; outro elemento importante nesse contexto era a igreja romana que nunca deixou de existir, a verdadeira pressão sobre a igreja foi à igreja pentecostal, pois almejava desagregar a identidade do poder administrativo da igreja no séc. IV e isso facilitariam o domínio via igreja na medida em que os germanos eram verdadeiros parasitas do sistema, muitas vezes usando uns contra os outros. 

As cidades espanholas continuavam comerciais e as muralhas voltariam a ser reerguidas novamente, o feudalismo corroia as cidades e as suas organizações na Península Ibérica, mesmo assim, suas cidades continuariam firmes, mas sempre lutando na vida urbana contra todo tipo de berberes e visigodos, eles continuariam a pilhar as cidades por muito tempo. As raízes africanas da Península Ibérica eram enormes, pois mesmo falando latim eles sabiam o que tinham em Cartago e Tanger ao passo que essas cidades ao sul se organizaram e atraíram os suevos e visigodos, permitindo a invasão dos romanos nessas localidades, depois os visigodos expulsaram o Império Bizantino e por causa disso continuou a desordem por muitos anos depois. 

O islamismo entraria na Península Ibérica pelo mar, pois os árabes eram mais civilizados e cultos, houve a volta da africanização e um clamor a Península, os berberes seriam islamizados, os árabes fariam assim uma parte do exército inverso, a revanche do islamismo seria a própria bandeira do islã.


Conclusão: a idéia proposta mostrou o universo da Península Ibérica, o que ela produziu e quais foram os benefícios que até hoje nos são úteis. A epopéia que foi as batalhas entre Cartago, Roma, Fenícia e até mesmo as colônias gregas, em todo o contexto histórico foi procurado mostrar as principais conquistas, cidades e mudanças no ambiente social, econômico, cultural e estrutural. A herança deixada por esses povos romanos, bárbaros e de todas as partes do velho continente foram primordiais para a construção do que somos hoje, e temos muito a agradecer por esses fatos. 


Adicionar legenda
A romanização na Península Ibérica foi algo extraordinária que deu uma nova “repaginada” no cenário mundial mesmo que para isso tivessem destruir e reconstruir tudo no mesmo lugar. Nosso legado cultural deve muito a gênese dos tuaregues nas cidades ibéricas e cartaginesas, apontando para suas cidades colonizadas e povoadas não por brancos, mas por negros detentores de verdadeiras façanhas como derrotar o “invencível” exército romano através das artimanhas de Aníbal. As cidades espanholas foram o berço dessa magnitude e povoamento e isso é prova de que deram tão certo, que existem cidades milenares que funcionam até hoje. 
Devemos tudo o que temos a essa gênese ibérica e somos prova de que esse legado deu certo e cabe a nós os contemporâneos dar continuidade e inteligência, pois eles provaram a 3.000 atrás que isso era possível, cabendo unicamente ao homem do século XXI ser uma extensão dessa maravilha que foi a Península Ibérica. 

Península Ibérica é o termo utilizado para designar península; no passado a mesma possuía outras designações, dadas pelos diversos povos que a habitaram como: Ibéria para península em grego, hispania para o romano, Al Andalus para os árabes dos território muçulmanos e Sefarad  para os hebreus.

Senhor leitor, todas as imagens foram retiradas do site de pesquisa Google, não se sinta ofendido se por ventura, uma das imagens postadas for sua, a intenção do blog é ilustrar didaticamente os textos e não plagiar as imagens. Obrigado pela compreensão.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A história do Brasil

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" Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D.Pedro a criar o Brasil - um pais que tinha tudo para dar errado, ... e no entanto deu certo. " Laurentino Gomes

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A História do Brasil procura fazer uma análise da sociedade (ainda não a brasileira), colonial na América Portuguesa. Surgiram questões como: qual era a motivação histórica? A terra não tinha valor na época porque era doada. O trabalho forçado nesse contexto tornava-se uma necessidade histórica. 

O principal objetivo da colônia era dar lucro a metrópole.

Religião     X    Religiosidade
Instituição        Fé

A construção da mão de obra açucareira foi fundada em sua produção escravista africana, o circuito mercantil era mantido através do trafico negreiro, começava assim o sistema econômico questionando o processo histórico segundo o autor.  Ele desconstruirá o sistema estável dizendo que tudo isso era o resultado de um grande processo, nada seria projetado e em tudo haveria os imprevistos, as descontinuidades; com  a chegada ao Atlântico, América, Caribe tudo foi gradualmente sendo experimentado desde as colônias africanas, passando pelo mediterrâneo e depois as Américas.

As experiências humanas vinham de processos históricos, por exemplo, se a terra nada produzia, o homem começava a pensar em meios para que a mesma começasse a produzir. O processo era diacrônico, a todo o momento tudo era feito e refeito; o primeiro pensamento que nos vem à mente quando falamos de África são os escravos, o autor tentara mudar esse pensamento. Para os colonizadores, tudo o que não dava certo era descartado, nesse ínterim o Oceano Atlântico se tornaria um circuito mercantil, transatlântico, agora ele incorporaria os três continentes: Europa, África e América, trabalhando a história do feudalismo e sua transição para o capitalismo, onde tudo tendia a ser “mundializado”: trafico de pessoas e produção de gêneros.

A experiência açucareira se espalharia em todo o resto do continente, tornado depois agricultura uma possibilidade, na media que a economia se tornava lucrativa ela começava a se transformar. A estrutura de S. Tomé e Príncipe era uma realidade, a do Brasil era outra completamente diferente, e seguia-se assim por diante, o sistema era pertinente e particular a cada região, começava assim as temporalidades históricas. O anacronismo teleológico colocava em questão a força de seu tempo, o processo da produção açucareira era um processo acabado, tudo era uma construção histórica, surgiam desafios a todo o momento e isso fazia com que o homem se superasse a todo o momento; o imprevisto e a descontinuidade faziam parte desse contexto.

Os europeus forneceriam gêneros, alimentos, manufaturas e em troca as elites africanas forneciam a trafico de negros. Em S. Tomé essa mão de obra vinha de varias regiões da África como o Congo, Angola e posteriormente viriam para o Brasil. Essa interferência política dos portugueses daria uma ênfase as possibilidades aos recursos, daria mais poder na relação com os outros, assim o europeu forneceria armas, cavalos, artefatos, fazendo dos escravos uma opção lógica perversa onde os portugueses pegariam pessoas de outras etnias para se defenderem. O índio era um exemplo de exploração trabalhada pelo trabalho compulsório, na America espanhola isso seria usado para a salvação da alma do individuo, quando a mão de obra indígena foi substituída pela do africano, o fato ocorreu pelo decréscimo da população indígena.

A partir do momento em que a empresa se tornou uma solução viável surgiria através do lucro, o processo econômico. A população espanhola do México e região andina só foram possíveis pela experiência de um trabalho sólido até mesmo a Nova Inglaterra usaria a mão de obra indígena no trabalho compulsório. Na Europa a mão de obra estava sendo transformada, começava então a proletarização onde a mão de obra servil passaria a ser “livre e assalariada”, o trabalho seria livre, na America o trabalho seria forçado, obrigado a ser feito. Nesse contexto o europeu não deixava absolutamente nada de dinheiro na África. A sociedade escravista era uma sociedade do medo.             

O que tornaria a terra produtiva seriam as formas aperfeiçoadas e os meios e métodos utilizados nela, para isso o capitalismo barateava os custos e maximizaria os lucros; as guerras inter-étnicas africanas seriam cada vez mais acirradas pelos europeus com o avanço das técnicas escravistas. A produção da cana de açúcar não era algo necessariamente novo, ela já era feita e produzida no Mediterrâneo, e em outras localidades do velho continente, a partir disso ela foi democratizada e com o seu barateamento haveria o aumento do seu consumo.

O transporte marítimo era algo novo para a época, pois esses fatos ocorreram sob circunstancias oportunas dentro do circuito mercantil, a pessoa agora era constituída como mercadoria, tudo historicamente construído, por exemplo, a estiagem na África, o refugio de pessoas ou o escambo. Na América o serviço demandava uma mão de obra compulsória, e essa mão de obra no Mediterrâneo era composta por camponeses, no Brasil ela era composta por indígenas e posteriormente por negros que sustentariam o mercado europeu. O modo de produção é uma abstração teórica, a mão de obra sendo servil é feudal, escrava é escravista e assalariada é capitalista, a população civil tinha o controle social sobre os escravos:

Escravidão: foi uma instituição abolida nos EUA em 1808, no Brasil ocorreu em 1888.
Escravização: era o processo de escravizar as pessoas.

A mão de obra escrava era cara e dispendiosa, sendo que o inicio desse processo começou com os romanos escravizando os eslavos → chaves → escravos de origem africana na região do Mediterrâneo, sendo que sua utilização não era de larga escala por ser composta de camponeses. O novo mundo demandava especializações, tecnologias, mão de obra especializada, e foi justamente a experiência africana que impulsionou a escravidão africana nesses termos por ter dado certo, as regiões do Caribe apresentavam mão de obra local e posteriormente começaram a usar a africana. No Brasil os primeiros fatores foram a extração da  madeira e a criação de gado.


Candomblé: é de origem angolana

Nagô: é de origem da Guiné, Nigéria



No trabalho livre assalariado havia a possibilidade de acumular capital, o servo de contrato custeava a sua viajem e era transferido pela família que constituiria a mão de obra, nessas condições ele trabalharia de servo e depois de alguns anos pagaria sua divida se tornando proprietário da terra onde havia trabalhado.

Transoceanismo: era o transpor do Atlântico, onde se retiraria o máximo que pudesse das terras ocidentais e depois regressariam para a Europa, nesse contexto só se ficaria rico se o cidadão possuísse terras e escravos, por exemplo os crioulos, eram filhos de espanhóis nascidos na America espanhola e assim por diante na linhagem patrilinear, no Brasil a sociedade brasileira começava a se formar.

São Tomé iniciaria a primeira experiência com a produção em larga escala no uso da mão de obra africana no plantio de açúcar, tal como a mão de obra ser majoritariamente africana e escrava. Os muçulmanos já utilizavam dessa tática de escravismo na África, os escravos eram comprados e depois castrados para se tornarem eunucos nos harens muçulmanos, eles começavam a adquirir bens de prestigio com as elites africanas. A experiência em São Tomé foi considerada a mais organizada da época, o local apresentava o terreno propicio para tal cultivo e a mão de obra escrava era perfeito para a execução desse projeto açucareiro. O sal na época era exclusividade da coroa, em São Tomé os escravos eram uma espécie de camponeses que produziam seu próprio alimento, por isso eles produziam menos do que o NE brasileiro.

A maioria dos senhores de engenho eram individuais, assim perderiam muito de suas propriedades, no caso da coroa portuguesa os proprietários não perdiam suas terras, mas tinham que produzir nelas para posteriormente se tornarem donos delas através das lavouras de açúcar. A resistência indígena era uma questão cultural por que a exploração de classe já era presente pela população indígena da America espanhola, na America portuguesa essa experiência não existia como forma de trabalho regular, por isso os índios reagiriam. Na extração do pau-brasil brasileiro a relação com os português era a de escambo, quando essa situação começou a mudar para o modelo colonial convencional e a exploração do índio começou a se fazer cada vez mais presente, começaram as primeiras resistências, nesses embates os índios começaram a ser escravizados, perdendo a liberdade, isso estava ocorrendo ao  mesmo tempo em todo o NE brasileiro.

A Espanha concederia aos portugueses o Asiento: que dava a eles os traficante de escravos o direito de  praticá-los com os escravos africanos sentindo-se no poder de explorá-los, esse tipo de autorização se faria presente em todo o comercio português. A invasão holandesa começaria no Brasil através da União Ibérica, a Holanda e Bélgica pertencia a Espanha e a Holanda começou os movimentos de independência contra a coroa espanhola, a Espanha como forma de puni-los, proibiu todo o comercio com a Holanda como forma de retaliação, por isso eles invadiram o Brasil pelo nordeste brasileiro através de Pernambuco e permaneceram lá entre 1630 – 1654, com isso aconteceria a insurreição pernambucana.

Na África mais especificamente em Angola essa invasão também ocorreria, o contrabando de escravos e o trafico negreiro seriam paralisados durante essa invasão, posteriormente o trafico voltaria ao normal quando os holandeses foram expulsos do Brasil e Angola, eles invadiriam as Antilhas e começariam a produzir o açúcar, nesse ínterim no Brasil começaria lentamente a decadência do açúcar. A reposição da mão de obra sempre foi extra territorial oriunda da África, o trafico americano terminou em 1808 com a Guerra da Secessão e em 1865 ele seria abolido permanentemente.

Teorias: Por que a escravidão africana?

1ª Fronteira Aberta – a mão de obra teria que ser escrava para  que o projeto europeu desse certo, não havia limites em termos de expansão.
2ª Resistência negra – os índios eram mais suscetíveis as doenças do que os negros que eram mais resistentes para esse tipo de trabalho.
3ª Impossibilidade de trabalho livre e assalariado – o trabalho nesse caso tinha que ser exclusivo escravo pois assim não se teria despesas com alimentação, estadia e medicação.
4ª Teoria Racista – o racismo era tomado para justificar a escravidão na America, ocorria pelo processo de negação, ou seja, eram tidos como desclassificados, eram explorados; as construções mentais eram o resultado das construções materiais.

Havia nessas teorias uma generalização de espaço e tempo por que a America tinha o seu momento histórico, por exemplo, o escravismo no Brasil data da metade do séc. XVI e no Caribe data do séc. XVIII
Outra teoria definia a impossibilidade na America do trabalho escravo por que o capital mercantil estava em processo de expansão na Europa. Outra teoria dizia que o escravismo seria instável, o trabalho forçado estava presente em todas as Américas e a forma como ele foi construído era que variava como a encomienda, o servo de contrato ou a produção, tudo estava preso a uma unidade de produção. Não era a escravidão que imperava nas Américas e sim a variedade de trabalhos, pois havia o recrudescimento histórico das relações obrigadas. Na Europa a escravidão datava na história antiga, nas Américas ela estava sendo implantada.

Todo o capital era investido em vista do lucro através de maquinários e tecnologias; acumulação ocorria na Europa e não nas colônias que eram área de extração de renda não de acumulação de renda, o trabalho compulsório na America ocorreria por que na Europa a mão de obra estava mudando de servil para a assalariada, por isso não tinham mão de obra assalariada na America. Os problemas africanos ajudavam para que a evolução dessa pratica escravista acontecesse, eles eram vendidos como “peças” pelos traficantes de escravos favorecendo assim a acumulação de bens dos europeus que favoreciam o avanço da produção de capitais e moeda.

A America havia o escambo, mas não havia o comercio com o europeu, esse fato mudaria com a vinda dos escravos africanos; o valor do escravo mudava de acordo com o período, o Estado espanhol e português eram paternalistas, mas não investiam nas terras de suas colônias. No período de produção açucareira atraiu menos portugueses do que na época de produção aurífera, outro fator era de que o trabalho livre não era assalariado e o sistema era o de planteition, não havendo diversidades de plantio, por isso as rendas não aumentavam e não tinha como pagar por isso, esse fato geraria muitos minifúndios e a produção seria em larga escala, não interessando aos objetivos da coroa, escapando assim dos interesses europeus.

Os indígenas não tinham em sua população mão de obra para produzir de acordo com a demanda portuguesa, para produzir o excedente de trabalho regular, o africano já vivenciara isso com a agricultura, metalurgia; a expropriação dos índios não era necessariamente escrava, mas pagavam com tributos a coroa. No nordeste brasileiro a mão de obra negra era majoritária e no Caribe a mão de obra era local que foi paulatinamente sendo substituída pela mão de obra africana escrava. A presença dessa mão de obra na America espanhola no ocorreu no período pós independência, no Brasil isso representaria um forte abalo para a produção canavieira, abalando a estrutura da mão de obra e produção brasileira.

Transição das forças de trabalho: teve inicio com a mão de obra escrava que era defendida, isso geraria um grande problema por que eles não eram regulares e eram imprevisíveis, pensava-se em termos de diversidades e espaços pela sua generalização. A perspectiva da resistência dava a mão de obra indígena era por motivos culturais; o decréscimo indígena, o rareamento desse povo ocorria por que eles estavam sendo escravizados dentro de seu próprio território, pois neste local ele não seria estranho, haveria sim um processo de “desterritorializaçao” onde eles seriam “ressocializados” agora como escravos propriamente dito, no mesmo ínterim as resistências aumentariam na mesma proporção. 

Na África a mão de obra era composto por escravos de outras localidades e ela ocorria das mais variadas formas, os africanos livres eram capturados e trocados pelos europeus por mercadorias, porem eles passaram a ser escravos somente na America como a forma que o ocidente conhece; os conflitos inter étnicos aprisionavam os negros e os presos eram sempre os desafetos das outras etnias, ou seja, um angolano aprisionava um queniano, um congolês aprisionava um nigeriano, o escravo era sempre o outro nunca semelhante. A escravidão nos estados do sul americano era diferente por que historicamente os ingleses não tinham em tese escravos, o Estado Nacional português e o espanhol começaram a tomar corpo quando os mouros foram derrotados na Península Ibérica e isso não era novo para eles, mas essa experiência na America sim, e representou um grande momento, para os europeus os mouros eram considerados bárbaros desclassificados.

A resistência dos índios fez aparecer os caçadores de índios, os bandeirantes e os capitães do mato, até esse momento os indos e negros vivam lado a lado, mas os índios se sobressairiam sobre os negros no sentido de conheceram melhor o mato para se refugiarem por que estavam acostumados a se embrenhar na mata, no caso dos negros isso ocorreu posteriormente com os quilombos. No México o trabalho também era extraído através dos indígenas através das relações das encomiendas e dos repartimientos. O projeto colonial era uma parceria com o Estado e a igreja, o que era cristianismo na America portuguesa era na America espanhola conhecido como catolicismo.

Uma vez que os índios estivessem em sua religião, e em sua terra, a evangelização era somente para as classes subalternas, a elite mexicana não era influenciada pela nova religião, mas seus chefes teriam que deixar a população se converter ao catolicismo europeu, sendo que não seriam os indígenas que pagariam os impostos e assim se articularia o novo projeto colonial. Na Espanha estava ocorrendo o decréscimo populacional, por esse motivo é que foi necessário a importação de escravos africanos através dos asientos e do comércio de escravos primeiramente filipinos. A União Ibérica garantiu esse direito aos portugueses e traficantes. 


A pratica econômica setecentista no seu dimensionamento regional

Jose Jobson de Andrade Arruda: a linha trajetória do autor é baseada no marxismo, pois a produção da colônia se organizara na exportação do agro negocio e pela inexistência de metais preciosos; o sistema colonial implicava a relação da metrópole X colônia. O modo de produção diz respeito no que tange as relações sociais de produção, logo o modo de pensar seria o escravista colonial, mas isso seria um paradoxo por que as colônias nas Américas estavam integrados ao sistema capitalista europeu, por exemplo, o retorno econômico monetário e a construção histórica do capitalismo.

O modo de produção sempre articulou as mercadorias, o comercio e a  produção que era feira, a mão de obra escrava era voltada para esse mercado. A venda dessas mercadorias era o resultado na acumulação de riquezas na Europa; os produtos a burguesia mercantil (cobravam o monopólio) e o Estado imperava a cobrança dos impostos, as outras burguesias eram excluídas; a mão de obra escrava aqui era caracterizada como mercadoria quando saia da África e vinha para cá, ela contribuíra para o capitalismo europeu, esse sistema colonial era europeu e não brasileiro, ele podia ser português, espanhol, Frances, inglês, menos brasileiro por que o Brasil era colônia. A primeira fase do capitalismo mercantil dariam base ao que resultaria a Revolução Industrial, o escravo seria uma mercadoria enquanto o trabalhador que começaria a proletarização da força de trabalho na Europa.

A burguesia garantiria para si o exclusivo mercantil da produção colonial, o plantio do açúcar  seria o resultado dessa produção no Brasil, toda essa estrutura era feita na base do improviso e da aprendizagem passo a passo tudo de forma inadequada, improvisada, ao mesmo tempo estava ocorrendo a transição do trabalho servil para o assalariado. A colônia garantia a produção que por sua vez garantia a produção mercantil, a Inglaterra aboliria a escravidão em 1807 e o  trafico negreiro interno posteriormente, isso era repassado para todas as colônias inglesas, nos EUA a independência ocorreria nas revoluções liberais burguesas, onde o trafico seria abolido definitivamente, mas não a escravidão e isso só viria ocorrer definitivamente  em 1810 com a Guerra da Secessão, com isso o trafico de escravos não sobreviveria.

No capitalismo havia um exercito de reserva que criaria possibilidades para a reposição da força de trabalho; na escravidão a sobre vida do escravo era baixa, sendo substituída a todo momento por causa disso, no Brasil nunca houve uma preocupação de reprodução da força de trabalho, ela ocorria exclusivamente na África. O escravo sairia caro para o senhor de engenho, muitos deles eram vendidos por causa de seus patrões não poderem mante-los na fazenda; o capital era transformado na metrópole e não na colônia, a subordinação completa do movimento colonial era a preponderância do capital mercantil europeu. No marxismo só se trabalhava a economia, não havia o sujeito; o Brasil de 1700 inexistia somente um tipo de trabalho, havia varias relações de trabalho fora das áreas escravistas e essas áreas se especializavam na mão de obra indígena, essa força de trabalho era majoritária, mas não exclusiva, não havia concentração fundiária dos latifúndios.

O que ocorria era que se o mercado externo se retraísse,  ocorreria uma abertura no mercado interno, pois existiam outros modelos de modo de produção, porem o mais usado foi o canavieiro. Quando não havia o feitor, o escravo era castigado pelo Estado que pagava para o açoite desse escravo, não existiam ciclos econômicos, o açúcar nunca deixou de ser reproduzido mesmo em épocas de crises. O ouro era retirado do Brasil via impostos, fiscos e pela derrama; a Revolta de Felipe dos Santos era contra a coroa que criara mecanismos para obter o ouro através das Casas de Fundição como o 5° quinto e a derrama de 1889 estabelecia uma porcentagem de impostos que deveriam ir para Portugal, quem não pagasse era penalizado pelos soldados que invadiam suas residências para obter o equivalente ao valor do quinto.

Entre as tropas de moderação e os homens de boa ventura existiam uma dificuldade  em relação as fontes, havia o comercio de cabotagem  nas costas brasileiras, bem como as trocas de  mercadorias no mercado interno. A contradição interna do Pacto Colonial geraria a crise por que as elites nativas cresceriam junto ao setor econômico pois essas elites começavam a absorver os ideais iluministas.




O trato dos viventes - Formação do Brasil no Atlântico Sul - Séculos XVI e XVII

Luis F. A. Alencastro: o trafico de escravos começa  com  pessoas, essa gente estudando esse fenômeno e sua constituição no inicio  do comercio transatlântico e o que isso passaria a representar  na África e como esse comercio interferiria na sociedade africana. A partir das relações mercantis e como  isso contribuiria para a cumulação capitalista na Europa.

Escravidão indígena X escravidão africana: segundo a historiografia da independência  e o caráter extrovertido da reprodução dos escravos (mão de obra), no Brasil havia a ausência de escravos reprodutores de mão de obra escrava, por isso ficavam dependentes da mão de obra africana, fato esse que era o principal fator de construção  dos senhores de engenho e das terras par a Casa de Bragança, esse fato estaria sempre acontecendo para manter a monarquia no trafico negreiro.

O idéia do império português ultramar ser homogêneo estava longe, pois cada região era diferente uma da outra, essa diferença gerava tensões e resistências por parte dos colonos, sendo que esta era a principal determinação capitalista, entre o poder local e o poder das metrópoles que contribuiria para esse tipo de relação, os colonos daqui por sua vez fariam de tudo para transgredir essas relações de poder imposto pelas leis. Na América portuguesa a elite que se formava, representava a coroa em todos os sentidos frente as câmaras municipais, o colono por sua vez era multifacetado pela maneira de agir diferentemente dos outros, o Estado português com suas ferramentas também agiria de  maneira diferente frente a esse tipo de política com seus colonos .

1450 – tomada de Ceuta.
1459 – centralização do poder na esfera publica.

Na Europa nesse momento estava ocorrendo o novo movimento renascentista, e cultural, Portugal caminhava para a formação do Estado Nacional; a transição do modo escravista ocorreu em substituição da mão de obra africana, pois o contexto da época ditaria as novas ordens pelo fato da Espanha  sob o domínio de Carlos V elaborar uma série de leis como o Conselho das Índias onde tratava suas colônias  na América espanhola com novas leis por causa das encomiendas (subtraiam o trabalho indígena até a morte). Essas novas leis contra a escravidão e o trafico negreiro se apresentariam como um recurso para suprimir a mão de obra indígena.

Na América espanhola somente o índio era obrigado a pagar tributos, o tráfico negreiro era complementado na América portuguesa, sendo este fundamental para o seu funcionamento produtivo, os portugueses feudalizariam as elites angolanas e  congolenses na captura de pessoas para fornecer a economia do tráfico. A América não ofereceria propriedades para o açúcar, minérios, somente a mão de obra, isso aconteceria pelas guerras étnicas, pelas estiagens, fome, clima; as capturas indígenas  no Brasil ocorriam entre os caciques indígenas,os bandeirantes paulistas sendo que as entradas também invadiriam as aldeias capturando os índios para os portugueses, diferente do que acontecia na África.

Descimento dos índios: eram os índios que conheciam o território e geralmente se apresentavam mais resistentes, esse era um dos fatos do tráfico negreiro ser necessário e mais lucrativo, na América espanhola a  mão de obra era o contrario, sendo majoritariamente indígena. No processo de aprisionamento, dificilmente o índio era aprisionado em seu território, começava então a desterritorialização, por isso do descimento dele através do deslocamento para outras regiões. O mesmo ocorreu com o negro que depois foi redirecionado para a escravidão na condição de escravo.

Havia uma produção de excedente em Goa, mas não era mandado para a metrópole, em Moçambique o objetivo era da metrópole no sentido da colonização a identidade do individuo desse continuar sendo português , os colonos não responderiam a esse desejo, por isso esse projeto metropolitano fracassaria em alguns lugares. O sistema capitalista tendia a uma mundialização, a renda passaria a ficar detida no setor econômico, onde os comerciantes reproduziriam a sua circulação nos setores especializados e os que estavam de fora a riqueza seria a responsável por introduzi-los a nova prolietarizaçao, de um lado havia a riqueza móvel e do outro as terras. O projeto colonial era o resultado de uma perspectiva a mais do Estado, o alto clero seria um parceiro poderoso da coroa até certo momento, quando os jesuítas  proibiriam o tráfico de índios o sistema entraria em colapso, por isso a necessidade de mercar com os negros africanos.

Índios na aldeia:  possuíam uma etnia, uma identidade.
Índios aldeados: eram de várias etnias num espaço circunscritos pelas ordens religiosas, eram mais valorizados, sua captura se dava pela invasão dos bandeirantes em suas aldeias ou missões; as condições possíveis na América foi também compulsória, agora os colonos retomavam o poder fora da metrópole, diminuindo as resistências locais, embora os portugueses nascessem no Brasil, manteriam a sua identidade lusa. Os portos baianos, pernambucanos e cariocas eram os maiores entrepostos da coroa ao tráfico negreiro, os escravos agora representariam o escambo, além de valerem mais no mercado como mercadorias, a burguesia pagaria impostos sobre essa nova mercadoria que circulava.

D. João IV reservaria certas quantias e certos espaços de negros para a América espanhola. O tráfico negreiro tomaria agora proporções mundiais, pois ainda não se podia assalariar a mão de obra a força do trabalho, nos EUA não tinham como pagar esses salários também, por isso a mão de obra seria paga de forma compulsória.

A grande lavoura açucareira do velho mundo ao novo mundo: o autor trabalha a agricultura comercial e a expropriação da mão de obra indígena, era assim que os portugueses agiam. Segundo eles, os índios apresentava baixa resistência as doenças, apresentavam baixa produtividade; eles não trabalhavam regularmente, pois não tinham a cultura de trabalhar com horários, principalmente de manha, por isso, havia varias rebeliões e lutas de resistências indígenas, culminando no decréscimo dos índios. Os portugueses também resistiam por trocá-los pela mão de obra africana, mas tinham de fazer, pois o indo já não correspondia com a expectativa, por isso ocorria essa transição pela mão de obra pela africana.

O autor trabalha a mão de obra indígena em todas as frentes, seja no litoral seja no sertão, escravizando-os de toda a maneira nas muitas frentes de trabalho na nova cultura do açúcar; os índios eram feitos prisioneiros de guerra pelas capturas ou morriam pelo canibalismo em muitas etnias, por isso o inicio do resgate deles pelos portugueses, afinal eles morreriam de qualquer maneira, nesse paradoxo ocorria algumas estranhezas como a aldeia que perdesse o índio não concordaria em resgatá-lo e o indo por sua vez não queria ser resgatado, pois isso seria uma vergonha para ambos, sendo que o índio que seria usado como sacrifício se fosse resgatado seria uma humilhação pior do que ser salvo.

Os portugueses se utilizavam também do descimento, dos deslocamentos dos índios de suas regiões, com essa desterritorialização, com todos esses elementos seria mais fácil dominá-los; o campesinato era utilizado pelas missões jesuítas, nesse contexto eles eram “jogados” a novas culturas antes nunca vivenciadas por eles, fazendo com que perdessem toda a sua cultura ancestral.

Aldeamento: era o indo nato, sem infra estrutura e interferência da cultura européia.
Aldeias: eram os índios de varias etnias juntos em um aglomeramento feito pelo branco, todos eles eram de etnias diferentes, nessas aldeias eles eram evangelizados, catequizados, varias vezes ocorria o etnocídio, processo utilizado pelos jesuítas para fazer com que o índio ficasse “manso”. Os europeus trouxeram muitas doenças e passaram todas para os índios, matando-os física e culturalmente, pois sua identidade era cultural e não biológica; a cultura indígena foi “contaminada” por elementos da civilização branca e cristã, pensou-se até em assalariá-los.

A cultura indígena era auto-sustentável, diferente da economia de troca, era por isso que eles caçavam, pescavam, plantavam para o seu sustento, tudo baseado na produção natural. Com todos esses fatos acontecendo ocorria a negação da alteridade, sendo que isso não era exclusivo apenas dos brancos, eles também praticavam esse tipo de comportamento em relação a outros índios de regiões diferentes, na America portuguesa alguns índios se aliavam ao português para destruir a etnia inimiga, por exemplo, os índios Tapuia eram tidos como os mais selvagens, por conseguinte os outros índios e mesmo os portugueses se uniam para atacá-los, esse comportamento era justificado pelo fato de eles serem diferentes uns dos outros, a discriminação dos brancos ao indios, principalmente os Tupinambás, era a mesma que os índios faziam com outros índios diferentes dos da sua região ou etnia, pois o outro era sempre considerado “línguas enroladas” mesmo por não falar a sua, majoritariamente os Tupinambás não eram reconhecidos pela maioria dos índios da época.

A negação da alteridade sempre esteve presente nos povos de todo o mundo, os senhores de engenho perceberam esse pensamento e se utilizaram para fazer seus engenhos perto dos aldeamentos, pois isso asseguraria a sua segurança contra os índios hostis; quando os jesuítas conseguiram a vitoria sobre a proibição de utilizá-los como mão de obra nas lavouras, a Coroa portuguesa criaria mecanismos para ludibriar essa lei, se utilizando da chamada Guerra Justa, onde o índio que se rebelasse contra o poder régio luso, eles poderiam ser aprisionados; os indios Aimorés nunca se inclinaram a ninguém, nem aos indios nem aos portugueses, eram tidos como os mais revoltosos e nunca foram escravizados.

Espanha e Portugal permaneceram fieis a igreja católica quando houve a divisão para o protestantismo, luteranismo e calvinismo, para os jesuítas isso significava que os indios deveriam ser evangelizados, por isso a igreja não se colocou contra em utilizar a mão de obra escrava africana. As fontes eram baseadas em relatos dos jesuítas, pois eles descreviam os costumes indígenas, sob o seu ponto de vista, foram esses jesuítas que requisitaram a presença de mulheres na colônia por causa da formicação entre colonos, africanos nas índias.

“o imaginário é a construção social de uma época” - senhores do engenho: donos dos homens e da colônia.

Nessa época havia o exercício do poder econômico, político e simbólico, os engenhos precisavam de matéria prima como a cana de açúcar, pois havia uma relação de dependência com o; se o individuo fosse um lavrador de cana e a terra cultiva fosse sua e ele fosse livre, ele seria dono de si mesmo, senão, ele pertenceria ao dono do engenho, por isso ele era o senhor e dono de tudo e de todos. A população escrava sempre foi cativa e esteve o tempo todo subordinada a essa relação de dependência, sendo que nem toda sociedade era escravagista, além de existir uma enorme quantidade de outros serviços e de trabalhadores que dependiam do senhor do engenho, tais como: artesãos, advogados, médicos, capelães, arrendatários e agregados.

Os comerciantes não estavam em uma relação tão direta assim, como era o caso dos comerciantes de Recife, pois a economia era agro exportadora, por esse motivo, se criaria varias crises no final do século XVIII; percebia-se que o setor que mais lucrava era o setor de mercadorias, pois quem produzia lucrava menos de quem vendia. O mandonismo local já fazia parte do Brasil colonial há muito tempo, séculos depois mudaria de cara através do coronelismo; criou-se então a Guarda Nacional, afinal os proprietários precisavam se proteger cada vez mais, por causa do aumento da população que nesse caso incluía o aumento de cristãos novos, embora já houvesse o catolicismo por aqui, mas de maneira não tão expressiva.

Na America portuguesa não existia o tribunal da santa inquisição, existia o tribunal da apelação, os indivíduos acusados de pecados graves eram enviados para serem julgados e condenadas a morrer em Portugal. Os acusados de pecados não tão graves eram enviados para Angola, o único pais que tinha o tinha o tribunal da santa inquisição era Goa. Os senhores do engenho por sua vez exigiam em Portugal títulos de nobreza, mas isso nunca acontecera então eles se intitulavam fidalgos e construíam suas carreiras encima disso, como uma fidalgia simbólica. A ascensão social decorria do prestigio em ser nobre na Europa isso ocorria através da Nobreza Torgada, possuindo assim não só poder econômico, mas status.

Outros fatores que contribuíam para isso foi o gradativo aumento de vários segmentos em querer ser senhores de engenho como: lavradores de cana, traficantes de escravos e comerciantes, mas isso criou outro tipo de problema, os senhores do engenho se dirigiam as câmeras municipais para proibir a criação de mais senhores do engenho, afinal se eles não recebiam cargos titulares, eles criavam esses cargos simbolicamente recriando assim a função de nobreza em terras americanas, resultando nos vassalos que dariam prestígios a seus senhores, protegendo-os.

Em Portugal todo esse processo de centralização de poder era basicamente proporcionado pelo exército que receberia em troca títulos de fidalgos, as pessoas tinham anseio em se tornar nobres; a formação em Coimbra em termos de magistratura contribuía para o estado burocrático brasileiro pós independência. A origem do colonialismo começa com o poder local dos os senhores do engenho, cabia ao rei a pregação da justiça, além da elaboração das leis e a garantia da segurança pelos militares. O Estado retiraria poder da nobreza pela prerrogativa da força através dos poderes locais, os batalhões de pardos tinham sua origem no recôncavo.Os senhores de engenho preferiam as milícias a policia propriamente dita, pois assim poderiam mandar e desmandar a seu bel prazer, aumentando ainda mais a tensão entre os servos e os milicianos sob o comando dos senhores de engenho, o exercício das armas era até então um negocio complicado e arriscado, pois eles tinham que tocar seus engenhos.

Todo esse conflito muitas vezes ou na maioria das vezes a lei fazia vista grossa, mas tinha certos momentos que a Câmara Municipal era obrigada a intervir por que senão a situação sairia de controle pelo poder alcançado das milícias, e nesse ínterim os senhores de engenho sempre sairiam ganhando. Quanto mais distante fosse a localidade, mais poder o senhor do engenho teria, principalmente em relação aos índios, muitos escravos e pobres livres aproveitavam a chance que tinham para denunciá-los a inquisição dos abusos cometidos por eles. Garcia D Ávila era famoso por cometer esse tipo de violência, o vice rei em alguns momentos era obrigado agir pessoalmente para que essa situação não saísse do controle por causa de tanta violência praticada na colônia desses engenhos, no sentido de frear essas milícias, pois eles estavam muito além do permitido no sentido de agredir os escravos e índios.

Começaria assim a medição de forças entre o Estado e os senhores de engenho, isso era tido como se fosse uma indústria do poder pelo Estado nessa região; o catolicismo popular vindo de Portugal era moldado no principio católico e nas festas pagãs, pois cada pessoa tinha uma maneira de adorar e idolatrar a sua religiosidade. Havia uma transgressão com o que a igreja pregava e com o que o povo praticava. Outro fator que incomodava na época era a questão do feiticismo e o “muzunga”, eles se baseavam na manipulação de ervas contra a população local. O Concilio de Trento começava surgir para evitar o esfacelamento da igreja e suas propriedades.

Os lavradores de cana de açúcar: os lavradores de cana plantavam gêneros de 1ª necessidade, não tinham menos prestígios dos senhores de engenho, mas também tinham status, podiam então firmar contratos. A sociedade colonial não era tão simples como se pensara, ocorria a disputa entre o senhor de engenho contra os escravos; os engenhos dependiam dessa produção de cana de açúcar, e para isso tinham que negociar com os lavradores de cana. Nem todos os portugueses que vinham para o Brasil tinham cabedal para dar continuidade a esse negocio, pois para suplantá-lo de maneira geral teriam que ter muito dinheiro, afinal tudo era muito caro, e quem não tinha dinheiro se transformaria em lavrador de cana.

Esse tipo de negociação criaria uma espécie de relação entre eles, o latifúndio não era generalizado, era uma forma única de se produzir, cabendo aos que recebiam as terras negociar com o senhor de engenho, donatários, capitães gerais; o valor do trabalho era definido pelo grau de grandeza da riqueza do individuo. A coroa portuguesa era a grande patrocinadora junto aos senhores de engenho, assim essas propriedades não sofreriam perdas, o endividamento passou a ser uma característica de quem assumia essas propriedades, a coroa nunca sairia perdendo nesse tipo de negocio.

O período de sesmaria firmaria esse tipo de concentração fundiária, sendo que haveria uma hierarquização entre esses senhores de engenho que por sua vez reclamariam títulos junto à coroa, como não recebiam retorno ou resposta a essa situação, se auto intitulavam fidalgos; os senhores de engenho, lavradores de cana livre e lavradores de cana cativa ou obrigados, faziam parte dessa fidalguia.

Lavradores de cana livre: era o proprietário que produzia o que quisesse e vendia a quem quisesse, ele tinha mais vantagens do que o lavrador de cana cativa, pois ele negociaria e teria mais poder para isso sobre as vantagens.
Lavradores de cana cativo: não detinha a posse da terra, era o arrendatário, o senhor de engenho era o dono dessas terras.

Para o lavrador de cana cativa, era necessário negociar logo a produção dessa cana, senão ele poderia perder a safra, pois quem detinha o poder de barganha era o senhor de engenho, por apresentar melhores condições de negociação do lavrador de cana livre. Os lavradores de cana livre não eram qualquer lavrador, eles estavam acima dos demais lavradores; a circulação dessa mercadoria manteria na época a circularidade que aparentemente era baixa, por isso a necessidade de negociar com eles. A terra se tornara importante por ser a concepção de doação, não era hereditária, mas de posse; a fazenda de cana era independente, nesse sentido era usada industrialmente, como uma atividade econômica; essa terra seria arrendada em leis determinadas por contratos com uma taxa fixa: por exemplo, ½,  ⅓,  ¼.

Essa partilhas em forma de taxa representavam para o lavrador de cana cativa o pagamento de 50% ao senhor de engenho e depois mais ⅓, ¼,, com o lavrador de cana livre isso não acontecia, ele pagava somente os 50% a ele cabido e nada mais. Assim essa lógica de negociar tornava-se perfeita para o arrendamento de terras, assim nunca haveria ruptura dessa relação, onde o lavrador de cana cativo teria cada vez mais obrigações. Ele teria direito a arrendar a terra, mas nunca se tornaria dono desse engenho, ou seja, se houvesse prejuízo, quem pagaria seria o lavrador de cana cativo. Os sujeitos sociais de uma sociedade sempre elaborariam forças de resistências assim como no caso dos lavradores de cana contra os senhores de engenho onde sempre imperaria o lado mais forte da relação de poderio, no caso os senhores de engenho.

Uma sociedade escravista não se reproduzia sem o trabalho livre, não haveria mobilidade social entre os indivíduos, isso não seria mais possível pelos trabalhadores pagos aos de outras categorias.
Uma sociedade livre possuiria toda a pessoa que nasceria depois da Lei do Ventre Livre.
Libertos: sairiam da ordem da escravidão e se tornariam alforriados, juridicamente ele não era livre, era liberto.

Quando o trabalho assalariado recebia pagamento se chamaria de soldada seca, eram serviços demandados na sua maioria pelos senhores de engenho, essas transformações sociais começaram a ocorrer com as fugas dos escravos, por isso iniciar-se-ia com a captura deles pela figura do “capitão do mato”; os feitores tinham que ter seus limites, pois estariam teoricamente a serviço do Estado e ao mesmo tempo tinham que se impor aos escravos mostrando respeito, uma vez que eles tinham uma personalidade a demonstrar. A natureza do trabalho escravo era coercitivo e compulsório por que funcionava através do medo.



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