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terça-feira, 9 de agosto de 2016

APOGEU E CRISE DO ESPÍRITO ÁTICO


O Drama de Ésquilo: “Fé de Ésquilo, o aparecimento, estudo, mito, problemas e origem da tragédia, o coro; o que é trágico? Dor e hybris, hybris e castigo; Orestéia, dor e conhecimento”.
Ésquilo é considerado o pai do teatro e da tragédia grega, foi soldado em Maratona e Salamia, por isso a maioria de suas peças são de cunho militar; fazia questão de dizer que nascera em Eleusis – Ática. Assistiu a consolidação da democracia no pai. 





Nas suas obras são sempre ressaltados a importância do sofrimento, sempre sob o olhar dos deuses, foram escritos em torno de 79 tragédias, as mais importantes foram: Os Persas Sete contra Tebas, As Suplicantes, Prometeu acorrentado, Agamenon, Coéforas e Eumênides.







Ésquilo
APOGEU E CRISE DO ESPÍRITO ÁTICO:  O Drama de Ésquilo


# 1ª – Para a total compreensão de como as peças de Ésquilo se fundamentavam é preciso entender o drama em seu estado puro, sem ser influenciado pelos meios. (p. 297-208).






# 2ª – O mito na tragédia era representado na sua essência e não superficialmente, o espírito era contagiado pela narrativa do ato, até os mais profundos recantos da alma. (p. 298).







Euripedes


# 3ª – As lendas eram vistas como tradicionais, Ésquilo e Eurípides foram além, a ponto de a ficção se misturar com a realidade, a criação do teatro já se iniciava no ventre do povo grego, estava crescendo e amadurecendo, solidificando o “abstrato”. (p. 298).








# 4ª – “(...) O germe desta evolução já se encontrava desde o início, quando Ésquilo nos apresenta as figuras dos cantos heróicos as quais freqüentemente não passavam de meros nomes que as suas ações destacavam de um fundo vazio, de acordo com a idéia que deles se formava (...).” (p. 298).





Prometeu


# 5ª – Preocupado com esse comportamento, Pelasgo que comandava sob as ordens da Assembléia do Povo, pede mais vigor nas decisões tomadas, já em Prometeu Agrilhado, o tirano é moderno e inspirado nas figuras de Armádio e Aristogíton; Agamenon de Ésquilo tem um modo diferente de agir do imaginado por Homero, afinal ele é filho legítimo da religião e ética de Delfos. (p. 298).






Sólon

# 6ª – “(...) Esta completamente impregnada na crença de Sólon, onde a abundância conduz à hybris e esta a ruína. (...).”  Prometeu assume como conselheiro, onde caído em desgraça encontra sua desconfiança e ciúmes e isso reforça sua força em não compartilhar o poder, por que ele queria em segredo ajudar o homem na salvação de seu sofrimento. (p. 298). 





Prometeu




# 7ª – “(...) Na figura de Prometeu misturam-se o político e o sofista, como o prova a repetida designação do herói. (...).” (p. 298).







Palamedes 
# 8ª – Ésquilo e Palamedes falam do orgulho descoberto aos homens. (p. 299).  

 # 9ª - Prometeu tinha conhecimento geográfico dos países que estavam perto e até mesmo os mais longínquos. Para Ésquilo isso era raro e misterioso por despertar o imaginário dos ouvintes. (p. 299).

# 10ª - Mas as longas enumerações dos países, rios, povos em que vemos Prometeu Agrilhado e Prometeu Libertado não constituem só um adorno poético, mas caracterizam ao mesmo tempo uma onisciência do herói. (p. 299).

# 11ª- Nessas condições o estudo do drama é pujante no que diz respeito ao comportamento dos protagonistas. (p. 299).

Zeus



# 12ª- O discurso geográfico caracterizava a figura do personagem “(...) de igual modo os sábios conselhos do velho oceano ao amigo dolorido, para mover o poder de Zeus à compaixão, derivam em grande parte da velha sabedoria expressa nas máximas. (...).” (p. 299P.






As Eumênides

# 13ª - Um general ordena o exército no caso do assassino da própria mãe em As Eumênides, Orestes apresenta a Areópago uma fonte de conhecimento de maior relevância ao direito atiço relativo aos crimes envolvendo morte, tudo fazendo frente ao contexto da época. (p. 299).




# 14ª - A liturgia do Estado era responsável pelas músicas prósperas, o mito era inatingível e nem a época lírica nem a época épica chegavam até ele, mesmo os que gostariam que tudo mudasse para tirar proveito da situação. Os relatos de Ésquilo sofrem transformações irrelevantes nos relatos e a plasticidade de como o fizeram fora para dar entendimento às mudanças sofridas. (p. 299).



# 15ª - “(...) O que fica dito sobre os personagens e discursos vale também em linhas gerais para a estrutura da tragédia inteira. (...).” A configuração da existência brota no seu íntimo, antes da tragédia o mito não era escolhido poeticamente para representar uma idéia, mas por causa do que ele significava. (p. 299-300).




Aristóteles
# 16ª - “(...) Não era qualquer fragmento dos cantos heróicos que podiam ser dramatizados e convertidos em tragédia. (...).” Aristóteles afirmava que a tragédia se desenvolvia progressivamente e só as grandes obras chamavam a atenção dos poetas e quando o faziam, repugnavam os acontecimentos. Os mitos edipianos eram mencionados por causa da natureza nata pela tragédia. (p. 300).

# 17ª - “(...) A epopéia contava as sagas por elas mesmas. E, mesmo quando as partes mais recentes das ilíadas são presididas por uma idéia que dominava o conjunto, o deu domínio não se estendia por igual às diversas partes da epopéia. (...).” A lírica mesmo mítica sempre se impôs, era a idéia do drama se fazendo presente também nesse aspecto do destino do homem e a sua construção pertinente, mesmo com todas as mudanças, calamidades e catástrofes. (p. 300).


# 18ª - Welcker percebeu que as obras de Ésquilo não eram de todas generalizadas, mas compostas por três partes, isso permaneceu por um longo tempo como incerto, “(...) se Ésquilo, fazendo da necessidade da virtude, assim dispôs em torno de um único tema, os três dramas exigidos pelo Estado. (...).” (p. 300).




# 19ª - “(...) Um dos maiores problemas intrincados nas crenças por Sólon partilhados pelo poeta foram as transmissões das maldições familiares de pais para filhos e muitas vezes até aos culpados ou inocente. Assim em Oréstia e nos dramas das famílias reais de Argivos e tebanos o poeta aplica-se a seguir este destini através de várias gerações, explorando-a na unidade de uma trilogia. (...).” (p. 300).


# 20ª - A arte de Ésquilo se bem compreendida, deveria partir dessa tri-parte histórico-poética revelando a história do destino, não solitário, mas de um ou mais homem; para o poeta, o problema não estava no homem, pois o destino era encarregado de zelar por ele, e sim no destino carregado de tormentas desde o início, “(...) sob a opressão do dáimon, que pesa sobre a casa inteira. (...);” ele foi o mestre supremo da dramaturgia trágica. (p. 300).


# 21ª - “(...) Em As Suplicantes, Os Persas, Sete contra Tebas e Agamenon, o leitor é logo colocado em presença da maldição do destino que paira no ar e ameaça com sua força irresistível. (...).” (p. 301).

# 22ª - As forças sobre humanas são os verdadeiros atores, enquanto os homens são meros coadjuvantes, “(...) às vezes como na passagem final da Oréstia, arrancam a ação das mãos dos homens e guiam-na até o fim. (...),” o homem se faz presente, mas na forma que não apareça, só assim, “não aparecendo” é que ele aparece, ele não pode ser comparado ao desejo reprimido dos escultores que faceavam Olímpia em suas ordens trágicas. (p. 301).





# 23ª - Nesse contexto os deuses aparecem figurativamente no meio dos homens, mas se comportando conforme a vontade divina. (p. 301).






# 24ª - Ésquilo coloca os deuses e o destino lado a lado, o mito permanece incomparável, pois todos os problemas acontecem sob a alcunha religiosa “(...) tal como Sólon o desenvolve em seus poemas, a partir da epopéia mais recente (...).” O essencial do problema para Sólon era esquadrinhar continuamente o espírito do governo divino aos motivos ocultos. (p. 301).



# 25ª- A culpa do homem segundo Ésquilo era causada pela desventura da causa essencial aos problemas, “(...) É nas grandes trilogias, onde se localiza o problema, que na primeira vez aparecem as idéias que impregnam a tragédia de Ésquilo (...).” (p. 301).

Helena de Troia




# 26ª- “(...) Na concepção épica, a cegueira, e a arte englobam numa unidade causalidade divina e humana em relação com a desventura: os erros que arrastam o homem a ruína são feitos de uma força daimônica à qual ninguém pode resistir (...).” 





Menelau
Helena é induzida por ela para fugir com Paris, abandonando seu marido Menelau e seu reino, endurecendo não só o coração do marido traído, mas o de Aquiles também; pelas explicações da reparação da honra de seu admoestador, esse comportamento revela a progressiva auto determinação dos poderes superiores confrontados com a vontade pelo conhecimento, sugerindo nesse ínterim a responsabilidade dom homem pelo seu destino (...).” (p. 302).




Odisséia
# 27ª - “(...) Na parte mais recente da epopéia homérica, o canto da Odisséia, o poeta procura delimitar a participação do divino e do humano na desventura dos homens e declara que o governo divino do mundo se encontre livre da culpa quanto as desgraças que sucedem o homem por agir contra ditames do juízo mais perfeito. Sólon aprofundou a idéia através de sua grandiosidade e fé na justiça (...).” (p. 302).


# 28ª - A justiça no mundo dos homens era um fundamento de princípio divino imanente aos homens e qualquer ato cometido contra ela, deveria ser severamente punido e vingado principalmente, partindo desse pressuposto, o homem aumenta sua responsabilidade nos seus atos, se acautelando em relação a grandiosidade da moral divina e consequentemente, alia-se a ela, tornando-se seu guardião. (p. 302).




Homero
# 29ª - O homem pode até chegar num consenso, mas “(...) como é freqüente a divindade dar sucessos aos insensatos e aos maus, é permitir que fracassem os esforços dos justos, ainda quando são norteados pelas melhores idéias e intenções. É indiscutível a presença desta infelicidade impreensível ao mundo).” Homero se refere a isso como antigos resíduos de Ate, baseada na verdade e no “mea-culpa”, A experiência humana mantém estreitas ligações com o que conhecemos por sorte, fato de ser causadora de profunda dor, “(...) assim que se deixavam seduzir pela hybris (...).” O real perigo esta na insaciedade do desejo. (p. 302).




Referencia

JAEGER, Werner. Paidéia, A Formação do Homem Grego. 3ª Edição. São Paulo, Martins Fontes, 1994, PP: 281-314.


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